Métodos de estudo podem influenciar no rendimento dos concurseiros

quarta-feira, 7 de maio de 2008

06/05/2008 12:56

Do CorreioWeb

Conquistar um lugar na administração pública exige esforço. Só este ano, grandes concursos como os da Caixa Econômica Federal, Agência Nacional de Transportes Terrestres e Supremo Tribunal Federal reúnem milhares de interessados em carreiras promissoras e estabilidade financeira. De acordo com o psicólogo Enrique Maia, mestre e especialista em terapia comportamental, pessoas que investem em concursos públicos podem ser divididas em dois grupos: aquelas que trabalham em empresas privadas e procuram uma recolocação profissional e as que estão desempregadas ou em início de carreira.

O terapeuta diz que em qualquer um dos casos, o primeiro passo para iniciar os estudos é fazer uma análise dos antecedentes escolares. "É interessante olhar para as suas origens e pensar como conseguirá se organizar para ir bem nas provas. A maneira de estudar tem muito a ver com a história de vida e também com a situação em que cada um se encontra", afirma.

O psicólogo ressalta que os concursandos que têm facilidade em montar uma rotina podem fazer uma programação própria de estudos. "Pessoas que conseguem se planejar devem determinar horários. Esses conseguem equilibrar o dia-a-dia e privilegiar a hora dos estudos. É aconselhável que este planejamento deixe tempo para o lazer, principalmente no período que antecede as provas, quando as pessoas ficam mais ansiosas", diz.

Já para os concurseiros que não possuem tanta concentração, é recomendável criar metas que facilitem os estudos. "É importante criar condições para que essas pessoas se obriguem a estudar, como pagar um cursinho preparatório ou montar um grupo de estudos com os amigos", ensina. "A motivação dessa pessoa não é por um benefício que possa existir lá na frente. É importante se organizar de forma que a pessoa saia, entre em uma biblioteca e estude. Se ficar em casa, vai acabar assistindo à televisão", avalia o terapeuta.

Preparo
Luiz Felipe Ferreira, 18 anos, decidiu se dedicar a concursos desde o 3º ano do ensino médio. Ele cursa Estatística na Universidade de Brasília e estuda cerca de quatro horas por dia, em casa, para conquistar uma vaga no serviço público. Com a agenda atribulada, Felipe teve que interromper o cursinho preparatório por causa da faculdade.

"O cursinho foi fundamental para eu pegar o ritmo, para aprender. Mas agora já posso estudar em casa por apostilas e provas antigas, tranqüilamente. A única diferença é que não tenho professores para tirar minhas dúvidas, mas acabo pesquisando tudo na Internet", conta.

Apesar de conseguir se organizar sozinho, Felipe sente falta de um compromisso mais sério com os livros. "No cursinho eu me sentia obrigado a estudar, porque estava pagando. Sem contar que ali você está vendo seus outros concorrentes e isso é um estímulo", complementa.

Camila Sousa, ex-concurseira de 23 anos, fez mais de um ano de cursinhos preparatórios específicos para o cargo de técnico judiciário. Ela acredita que, sem o tempo de preparação, seu desempenho não teria sido o mesmo. "Não teria dado certo. O cursinho foi essencial para entender as manhas das provas", ressalta. Depois de seis horas diárias de estudo distribuídas entre as salas de aula e a escrivaninha de casa, veio o resultado positivo: passou em três concursos de nível médio e hoje se estabilizou no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Após a aprovação, deu uma folga nos estudos. "Agora curso Direito e só vou voltar a estudar depois que me formar, para tentar o cargo de analista", finaliza.


fonte: www.correioweb.com.br

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