Treino e dedicação são essenciais para passar nas provas subjetivas

terça-feira, 25 de março de 2008


Treino e dedicação são essenciais para passar nas provas subjetivas

24/03/2008 11:41

Lígia Maria Lopez - Do Correio Braziliense

Para quem pensa que dominar as matérias é garantia de sucesso em concurso, aí vai o recado: pelo menos metade dos melhores candidatos -- aqueles aprovados na primeira fase --, são derrubados nas provas subjetivas. E o vilão de tantos fracassos não poderia ser outro senão a língua portuguesa. Afinal, escrever bem é algo que vai além de usar palavras bonitas: é preciso pensar com clareza, e organizar, de forma concisa, os argumentos. "As provas subjetivas têm puxado o tapete de muita gente boa", observa o coordenador de um curso preparatório de Brasília, Claúdio Farig.

Segundo os professores ouvidos pelo Correio, as pessoas dão pouca importância à dissertação. Não sabem como abrir uma redação, nem articular as idéias de forma organizada, tampouco elaborar um texto, com desenvolvimento e conclusão. "Quando a redação pede um tema técnico então, o candidato se atrapalha mais, tentando mostrar que estudou. Mas é aí que ele se esquece de valorizar a forma", avalia o professor de língua portuguesa de um cursinho preparatório, Ronaldo Silva.

O bom desempenho na prova subjetiva é um termômetro importantíssimo para o examinador. "Esse tipo de exame testa a organização mental e textual do candidato, bem como os conhecimentos que ele tem sobre o mundo que o cerca. As bancas procuram candidatos que saibam o que está ocorrendo no mundo e consigam emitir opiniões, de forma organizada", explica o professor de português Diego Amorim.

Não cair na tentação do rebuscamento é outra maneira de afastar possíveis erros. "Em geral, é melhor não utilizar palavras incomuns, mas se a opção for por usá-las, é preciso ter total domínio tanto do significado quanto da ortografia", esclarece Silva.

Na prática
O caminho para desenvolver o domínio sobre a escrita não seria outro senão treinar, e muito. "Somente a prática coloca o candidato mais perto da perfeição escrita", diz Amorim. Outro hábito que melhora a habilidade na hora de escrever: leitura. "Quem quer escreve bem deve ler muito e sobre tudo, de jornais e revistas semanais -- que trazem artigos de opinião e editoriais -- à literatura, de autores consagrados, que melhora o vocabulário e enriquecem a cultura geral", ensina o professor. "A leitura é essencial para conquistar vocabulário extenso, capacidade de análise crítica, domínio sobre os assuntos relevantes, discernimento sobre as características gramaticais e sobre as tipologias existentes", pontua a professora Selma Frazão.

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